"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história."
Quadrilha - Carlos Drummond de Andrade
Pois é, o amor é confuso, complicado, sem sentido.Por que não podemos amar apenas uma pessoa, ter certeza de que é com ela que quer passar o resto da sua vida, e continuar com essa certeza pelo resto da sua vida, e saber que essa pessoa também te ama e sempre te amará? Por que não amar a pessoa que nos ama, que nos faz feliz e que seja a nossa "alma gêmea"? Por que não podemos ver uma pessoa e, no mesmo instante, sabermos que é ela a pessoa da nossa vida, que é com ela que seremos felizes?
Ai! se amar fosse assim, tão fácil, tão simples, tão... SEM GRAÇA!
Sim, a graça de amar está no risco, na tentativa, na dúvida do que virá e na vã tentativa de entender as regras do amor. Como seria amar sem as borboletas no estomâgo, sem a graça da conquista, sem aquele medinho de sofrer por amar, de não ser amado, de amar mais do que deveria?
Mas amar não tem regras, cada um ama de um jeito, e é feliz por isso. Amar é diferente pra cada pessoa, cada situação, cada dia o amor muda, cresce, enraiza ou cria espinhos. Sim, sofrer por amor também está no contrato, sofrer com a incerteza do que é o melhor a ser feito, com a rejeição ou com a dúvida, sim, sofrer com certeza é válido para todas as pessoas, pois em cada lágrima, em cada sofrimento e cada dor aprendemos uma valiosa lição.
Portanto, Ame cada novo amor como se fosse o primeiro e o último da sua vida, ame como se nunca tivesse amado antes, não tenha medo de sofrer, tenha medo de não viver!